quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Descoberta da RG Vogue


A baiana Juliana Carvalho é a It Girl que a RG Vogue e a dzarm procuravam. A garota circulou pelos corredores da São Paulo Fashion Week, onde foi descoberta e agora terá uma foto publicada, na próxima edição da RG Vogue. Atualmente, Juliana mora em São Paulo, onde estuda e dança balé, mas não dispensa o verão na Bahia. Na foto, ela veste camiseta dzarm, assinada pelos grafiteiros Ash, criada exclusivamente para o concurso.

Soudam & Kaveski no carnaval




A paquera entre a dupla de estilistas Soudam & Kaveski com o carnaval não é coisa nova। Eles já criam os figurinos para artistas como Carlinhos Brown e Margareth Menezes. Mas esse ano, além dessas estrelas dos trios, Ismael Soudam e Valéria Kaveski desenvolveram, pela primeira vez, abadá para um bloco. Para vestir os foliões, que desfilarão, nesta sexta-feira, no circuito Barra-Ondina com o Carcará.Biz, eles criam uma camisa que tem base vermelha e um degradê que remete ao movimento da música eletrônica, que será tocada no trio. A roupa será complementada por óculos de acrílico, que dará um toque a mais ao visual. Na avenida, o bloco será comandado pelo grupo internacional Double You, pela baiana Simone Sampaio e pelo DJ Ronaldinho.




Foto: Ricardo Menezes

Shirley Mallmann no inverno da Patachou


A campanha de inverno 2008 da Patachou terá como estrela ninguém menos do que a modelo Shirley Mallmann, que está grávida pela segunda vez. O ensaio foi clicado por Jacques Dequequer e teve make-up de Claudio Belizário, maquiador oficial da Lancome.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Juliana Paes lança grife feminina


Sucesso de crítica e público com a peça Os Produtores, em cartaz na cidade de São Paulo até março, com Miguel Falabella e Vladimir Brichta, Juliana Paes tem dialogado cada vez mais intimamente com a moda. Ela, que recentemente organizou um bazar no Rio de janeiro para vender roupas usadas de chics, está lançando sua própria grife de roupa feminina. Trata-se de Vida, já à venda na rede Líder, em Niterói, cidade de Juliana. Em março, a grife apresentará a linha jeans, que é uma das grandes expectativas da atriz em sua investida empreendedora. “Nós, brasileiras, sofremos muito, porque nunca encontramos um jeans ideal. Sofremos com a modelagem, porque não somos como as européias; temos quadril. Além disso, os jeans todos hoje são pesados e temos sempre que fazer a bainha”. Segundo Juliana, a coleção traz peças da chamada easywear. Ou seja, vestidos, camisetas, blusinhas e saias práticas, feitas em viscolycra. Para desenvolver os modelos, Juliana conta com a atuação de dois estilistas, porém: “Eu dou sempre as canetadas finais. Os jeans são o meu xodó, eles fazem, depois eu provo tudo”, conta.

Novo visual


A Alzira, personagem de Flávia Alessandra, mais nova contratada da Garnier, ainda vai dar o que falar na novela Duas Caras. Em breve, a moça aparecerá com um visual diferente. É que ela adotará a cor Acaju Flavia, que marca o início da parceria entre a atriz e a marca de tinturas para cabelos.

Atrizes marcam presença no carnaval


As atrizes Juliana Paes e Flávia Alessandra, e a cantora Ivete Sangalo, estrelas das campanhas da Garnier Nutrisse, estarão juntas no carnaval de Salvador. As três se encontram, nesta quinta à noite, a bordo do trio de Ivete, na Barra.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

“A moda é hoje um fenômeno urbano”


Com cabeça aberta para as novidades e os avanços do mundo moderno, Carlos Miele, designer de 43 anos, que é o grande mentor da marcas M.Officer e Miele, sabe como aproveitar a boa onda da fama internacional, ao mesmo tempo em que não se deslumbra e mantém viva sua essência brasileira. Na entrevista a seguir, Miele, que alia moda a outras expressões de arte, fala sobre porque escolheu Salvador para abrir uma nova loja e os desafios de conquistar os pólos internacionais da moda.

Por que escolheu Salvador para abrir uma loja ao mesmo tempo em que inaugurou uma unidade também em Paris, recentemente?
Carlos Miele -
A Bahia é a região com maior influência cultural do Brasil, e que preserva nossas raízes com a menor influência da globalização. Ela é como um grande caldeirão que agregou diversos elementos, resultando e influenciando em boa parte na cultura popular brasileira, como a música, o artesanato e a mestiçagem do nosso povo. Além disso, Salvador sempre recebeu muito bem o meu trabalho e eu escolhi a cidade para abrir minha nova loja porque as mulheres são sensuais, alegres e perfeitas para essa nova marca. Outra razão é a atmosfera da cidade que é leve e sofisticada, e ao mesmo tempo descontraída, o que atrai o tipo de mulher para a qual a coleção Miele é criada.
Tem acompanhado o mercado de moda na Bahia?
CM -
Infelizmente não. Sempre estou viajando e trabalhando muito e não consigo ter tempo para acompanhar o mercado da moda em nenhuma cidade ou país.
Como é para um brasileiro conquistar pólos de moda internacionais e ver seu trabalho com tanto reconhecimento lá fora?
CM -
Não é fácil para um designer do terceiro mundo competir com as grandes corporações do primeiro mundo. Procuro exportar conceitos ao invés de importar, isto é, ir contra o fluxo de globalização. Os resultados positivos que venho obtendo com o meu trabalho são fundamentados no diálogo que faço com a cultura brasileira. Essa rica cultura, que está em contínua transformação, está longe de ser folclore. Corporeidade, miscigenação, transformação são palavras que ainda não a definem, mas se aproximam da significação dessa cultura, que são transportadas e reconstruídas a novas audiências, de uma maneira não estereotipada.
Quais são os desafios mais enfrentados também por conta dessas conquistas?
CM -
O maior desafio foi conseguir ser reconhecido como um designer que cria vestidos de noite, o item mais conceituado da moda. Se você consegue se posicionar no mercado dessa maneira, pode diversificar mais facilmente suas criações desenvolvendo acessórios, perfumes, óculos, etc. Outro grande desafio é o de produzir peças de design no Brasil que estejam dentro do padrão de qualidade exigido internacionalmente. Apesar do nosso país não possuir tradição na produção e exportação de produtos no mercado de luxo, se continuarmos investindo na melhor estruturação da nossa produção e no aprimoramento dos produtos, nossa indústria será ainda melhor posicionada internacionalmente e continuará gerando cada vez mais empregos. Atingindo esse ponto, poderemos nos tornar um grande exportador de produtos de design, assim como diversos países na Europa, obtendo resultados ainda mais positivos para o nosso país.
Seu trabalho vai além do vestuário. Você alia a moda a outras expressões de arte e também à tecnologia. Esse é o caminho para mostrar às pessoas que moda não é algo fútil como muitos acham?
CM -
Quando crio, o que mais me interessa é criar um diálogo focado nos paradoxos existentes entre as elites e os excluídos, o contemporâneo e a tradição, a tecnologia e o arcaico, o real e o virtual. As barreiras da vida são imaginárias; nada é compartimentado ou segregado. É natural que as diferentes linguagens, como a moda, a arquitetura ou a música se entrelacem, porque a arte pode acontecer em qualquer lugar. Acho que a idéia da moda ser fútil vem de pessoas que não a conhecem verdadeiramente. Além do caráter estético, mais usual, a moda é hoje um fenômeno urbano e uma importante forma de expressão contemporânea, que democratizou a maneira das pessoas se vestirem. Atualmente, ela está imensamente inserida na vida das pessoas. É impossível imaginar qualquer forma de expressão, como o cinema, a música e as artes visuais sem a interação com a moda. No aspecto econômico, a indústria têxtil é uma das principais fontes de geração de empregos do país, a segunda que mais emprega mão-de-obra feminina no mercado de trabalho e possui um importante papel social.
Através da moda, é possível realizar importantes iniciativas de caráter social como criar parcerias com cooperativas, resgatando e valorizando as tradicionais técnicas artesanais do nosso país, mantendo-as vivas. O que antes era usado apenas em cortinas, tapetes, capas para sofás e colchas de cama, e ficava escondido dentro das casas das pessoas, pôde ser levado para as passarelas e importantes lojas internacionais e também tive a oportunidade de gerar trabalho contínuo para artesãs que estavam desempregadas. As comunidades carentes do nosso país são importantes repositoras da nossa rica cultura popular local. É um trabalho lindo que transforma a vida dos moradores de uma maneira muito positiva.

Outro exemplo foi a possibilidade de trazer um modelo deficiente físico para a moda, reintegrando-o ao mercado de trabalho. Quando trabalhei com o Ranimiro Lotufo (que se tornou deficiente físico após sofrer um acidente de paraglide e perder uma perna) em desfiles e campanhas publicitárias, isso foi um choque no Brasil, porém foi importante para outros deficientes, trabalhando a auto-estima das pessoas e incentivando-as a não desistirem dos seus objetivos, seus desafios, superando-os diariamente. Ranimiro é muito ativo e continuou assim após o acidente, praticando esportes e levando uma vida normal.
Esse trabalho também foi reconhecido por associações que dão apoio a deficientes físicos, como a AACD, que cuida de crianças deficientes, e me enviou uma carta dizendo que esse trabalho foi muito importante para motivar os deficientes. Alguns meses depois, o Alexander McQueen levou uma modelo deficiente física para a passarela em Londres em um trabalho maravilhoso que alcançou uma grande repercussão internacional.
Fale um pouco sobre a relação que faz na nova coleção sobre o encontro de Sinatra, Tom, os fuxicos, o crochê e as rendas...
CM
- A minha fascinação pela sensualidade da pulsação da música brasileira se traduz na leveza e no movimento da figura feminina, em meus vestidos. Um dos momentos que mais me encantaram foi o encontro histórico entre Frank Sinatra e o músico brasileiro Tom Jobim, em 1960. A relação entre Sinatra e Jobim influenciou o resto do mundo cosmopolita, imortalizando canções como Garota de Ipanema. O refinamento da bossa nova e seus elementos como a sua mistura musical, sua sensualidade e seu cosmopolitismo foram a força para que ela atingisse um nível de sofisticação que foi compreendida pelo mundo inteiro, como o jazz e o blues. Como esse cosmopolitismo, quero levar as belas técnicas artesanais, como o fuxico, o crochê e as rendas, ao mesmo nível da alta costura.
As críticas falam sobre o equilíbrio que você promove entre as experiências internacionais e as suas raízes. Como você lida com esses conceitos?
CM -
O Brasil é o fundamento do meu trabalho. Tenho minhas raízes na rica cultura popular brasileira e também procuro agregar ao meu trabalho experiências que obtive durante viagens e minha vivência internacional. Acredito que se as pessoas percebem esse aspecto nas minhas coleções, é porque compreendem meu trabalho e o equilíbrio que proponho nessa combinação de referências.
Você teria uma definição para o que, de fato, é a moda?
CM -
A moda é a criação mais próxima do corpo; é pele, e é nossa ligação com o universo. A moda é resultado da nossa inteligência traduzida no âmbito do corpo; as tensões, os desejos e transformações do nosso tempo.
Qual a sua maior preocupação como designer ao criar suas coleções?
CM -
Meu processo de criação reflete as misturas que deram origem à cultura brasileira. Tento valorizar a exuberância do país, criando uma moda mestiça e vibrante que realça o corpo feminino, dentro de uma experimentação constante.
Nunca se falou tanto em moda, tendências, fashion weeks, quanto hoje em dia. Na sua opinião, quais foram os maiores avanços do setor nos últimos anos?
CM -
Acredito que a questão da responsabilidade social é o avanço mais importante na moda. Além do papel estético, a moda exerce um papel social de extrema importância. Seja utilizando tecidos ecológicos, reciclando materiais ou oportunizando a geração de empregos. Minhas coleções combinam técnicas de alta-costura com detalhes produzidos por cooperativas de artesãs de todo o país. Da renda das artesãs do Nordeste ou crochê produzido no Sul e Sudeste do país à arte plumária das tribos indígenas da Amazônia. As cooperativas são, na verdade, uma via de mão-dupla. Enquanto elas oferecem uma oportunidade de trabalho remunerado para seus participantes e, conseqüentemente, uma renda fixa, sem a necessidade de saírem da comunidade, as cooperativas também são uma maneira real de manter as técnicas artesanais brasileiras vivas, preservando nossa cultura.
Desse modo, procuro apoiar o desenvolvimento social dessas comunidades, gerando empregos contínuos, contribuindo para o aumento da auto-estima dos artesãos। E tenho muito orgulho em ver cooperativas com que mantenho parcerias, como a Coopa-Roca, na favela da Rocinha, no Rio de Janeiro, progredindo independentemente, mantendo outras parcerias e desenvolvendo suas próprias coleções para ajudar ainda mais mulheres da comunidade a também terem uma oportunidade.
NA FOTO: Carlos Miele em desfile em Nova Iorque। Crédito: Fernanda Calfat.

Todo mundo vai querer


O camarote Expresso 2222, que tem como anfitrião o casal Gilberto e Flora Gil, está completando dez anos de Carnaval. Tudo começou de modo bem modesto, no edifício Oceania, na Barra, para atender a um pedido de uma das filhas do ministro, que desejava ter um cantinho para ver a festa de Salvador. Hoje, a produção cresceu e conta com parceiros de peso, como Smirnoff, Bradesco, Coca-Cola, Cerveja Sol, Gilete, IG, You Tube, Ellus e Havaianas. E para comemorar os dez anos do Expresso, a marca Havaianas criou um modelo especial, que será dado de presente aos convidados do camarote.

Modelo gladiador é febre


Nos desfiles das semanas de moda do Rio de Janeiro e de São Paulo, as sandálias modelo gladiador foram mostradas como tendência para o outono/inverno, só que a novidade agradou tanto que está todo usando desde já. Este modelo aqui é da Arezzo, com tiras envernizadas. Pelo visto a febre ainda vai durar!

sábado, 26 de janeiro de 2008

Camilla Belle brilha vestindo Carlos Miele


Depois que compareceu ao evento Art of Elysium 10ºth Anniversary Gala, em 12 de janeiro, em Los Angeles, a atriz brasileira Camilla Belle entrou para o topo da lista das mais bem vestidas, de acordo com a avaliação do Style.com, site da Vogue América. A moça vestia um longo de cetim com estampa fotográfica da Coleção Primavera / Verão 2008 de Carlos Miele.
Aos 21 anos, Camilla é considerada um dos novos ícones de estilo e beleza pela Vogue América, Style.com e Vanity Fair. Ela, que tem mãe brasileira a pai americano, já estrelou duas superproduções que estréiam esse ano: 10,000BC, com lançamento mundial pelos estúdios Warnerbros, em 7 de março; e Push, previsto para o 2º semestre do ano. Camilla também já participou de filmes como A balada de Jack e Rose e Jurassic Park.
O Art of Elysium 10ºth Anniversary Gala foi o primeiro evento oficial das artes, nos Estados Unidos, e teve ainda as participações de personalidades como George Clooney, Harrison Ford, Ashley Olsen, Courtney Cox, a apresentadora Ellen DeGeneris e o cantor Lenny Kravitz.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Victor Hugo apresenta coleção inverno 2008


Histórias em quadrinhos, lendas, mitos e heróis estão misturadas na nova coleção de bolsas e acessórios Victor Hugo, marca brasileira que, em 2007, cresceu 47% em vendas. De qualidade inquestionável e seguindo a risca o conceito de alto luxo, a grife disputa a atenção e o desejo de uma mulher arrojada com outras marcas internacionais, a exemplo da Louis Vuitton, assinado pelo badalado Marc Jacobs.
O próprio designer Victor Hugo comenta que a hoje a mesma mulher que compra uma marca tem poder para comprar a outra. E elas compram mesmo. Essa semana chegou ao showroom da grife, em São Paulo, as peças da coleção de inverno, algumas novidades em edições limitadas. A grande sensação da estação é a maxi bolsa Daria, que traz um patchwork de couros de avestruz e jacaré, e custa R$ 15 mil. É grande, pesada e chic. “Para uma mulher exuberante”, comenta Victor Hugo.
A peça toda trabalhada artesanalmente será feita sob encomenda. Como não se trata de uma bolsa de larga produção, mas feita uma por uma, a possibilidade de repetição é zero. Ou seja, ainda que o modelo seja da mesma linha, sempre será único por conta dos detalhes, da montagem, dos adereços. Só para se ter uma idéia, cada uma precisa de três dias para ser montada!
O resultado vale a pena. Para Victor, nada melhor do que ver uma mulher com a auto-estima lá em cima, carregando uma bolsa maravilhosa. “A bolsa é cada dia mais importante. É uma declaração de poder da mulher. Para o homem é o carro, mas para ela é a bolsa. Apesar de que tem homens que andam de bolsa, eu mesmo ando com três”, salienta.
A Victor Hugo foi criada em 1975 e hoje tem uma trabalho completamente autoral. Não há modelo algum que não tenha sido pensado e desenvolvido pelo designer Victor Hugo. Além do Brasil, a grife tem loja própria em Nova Iorque e recentemente inaugurou outra no shopping Vasco da Gama, em Lisboa. Essa unidade, aliás, faz parte do projeto de implantação de cinco lojas em Portugal nos próximos três anos. Os produtos VH também estão em dez multimarcas pela América e têm marcado presença em feiras internacionais.

Para as mais jovens


O modelo Fox com tira listrada junto a imponente logomarca da grife é a aposta do designer Victor Hugo para as mais jovens.

Tudo metalizado


Dourada com aspecto de ouro envelhecido


Vermelho para o dia-a-dia


Estilo pasta para executivas charmosas


Modelo com rebites em pirâmides na cor azul


Outro mimo daqueles!


Esse é o modelo Rava, em couro de crocodilo retalhadado. Tem carinha de vintage e custa R$ 6 mil.

Não podem faltar jamais!


Uma mulher realmente chic e elegante não sai sem uma boa bolsa e um par de óculos espetacular.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

A Loja de Tecidos encerra SPFW


Ao comemorar 25 coleções, o estilista Ronaldo Fraga escolheu homenagear sua relação com os panos, através da coleção batizada de Loja de Tecidos. O desfile que encerrou a 24ª edição do São Paulo Fashion Week, após seis dias de eventos e 40 apresentações de estilistas brasileiros.


“Neste momento movediço, em que tudo no mundo muda de lugar o tempo todo, coisas e profissões se extinguem e tendemos a guardar a memória dentro de uma caixa, na última prateleira da estante do quarto de despejo. Nunca escondi de ninguém que a memória é o meu prato brasileiro. Sendo assim, nesta estação investigo este universo em extinção, quando o cheiro emanado do corte do algodão e do linho ou o emocionante barulho empapelado do tafetá no ar, junto a fitas métricas com os números quase apagados, nos proporcionavam a experiência mágica da busca da construção do personagem nas mãos do homem comum”.
(Ronaldo Fraga – estilista)



A idéia do estilista com essa coleção, que imprime delicadeza, cortes retos, peças amplas, golas de festas, mangas quadradas, plissados, drapeados, saias e vestidos secos e calças largas, além de xadrezes, bordados, amostras de linhas e de tecidos, enfatiza, sobretudo, que com o desaparecimento das lojas de tecidos, some também a autonomia da pessoa sobre o próprio corpo na escolha do tecido e do modelo para casamentos, jantares, batizados, formaturas, casamento e festas.

Na platéia do Ronaldo Fraga


O glamour de Sisi Girl

Elegância é tudo!


Apesar de ser um dos mais aguardados do São Paulo Fashion Week, o desfile do mineiro Ronaldo Fraga foi muito tranqüilo. No horário, as pessoas começam a ocupar a sala, enquanto iam conferindo a passarela decorada com vestidos feitos de filó e pendurados em suportes.

Prestigiado


O estilista Alexandre Herchcovitch, que levou para a passarela uma coleção inspirada no country, mas com uma leitura bem pessoal de sua marca, recebeu jornalistas e amigos no camarim após o desfile. Ele, que acaba de vender 100% os direitos de suas duas marcas para os empreendedores do grupo I’M e deverá ficar à frente da criação por mais dois anos, disse que não se preocupou muito em mostrar novidades nessa coleção outono/inverno. “Eu já havia trabalhado este tema em 2001, mas agora tem mais a cara de Herchcovitch”.

De olho na passarela de Alexandre Herchcovitch


O jornalista Zeca Camargo também esteve no SPFW. Ele foi ver de perto as criações de Alexandre Herchcovitch. Na mesma fila A estavam, ainda, Renato Kerlakhian (Zoomp), Fause Haten (Fause Haten) e Nelson Alvarenga (Ellus) e Vicente Mello (I’M).

Falta de bom senso e perigo


Atraso de mais de uma hora, tumulto, confusão e muita falta de respeito com os convidados e com a imprensa nacional. Isso sem falar no desconforto e na falta de segurança do local. Esse é um resumo do desfile das marcas Ellus e 2nd Floor, que aconteceram no domingo à noite, na estação de trem Júlio Prestes, centro de São Paulo, mais precisamente ao lado da cacrolândia. O perigo estava dentro e fora da estação. Não se sabe por que o ensaio das modelos atrasou, e muito. Apesar de a apresentação estar marcada para às 21h30, o acesso só foi liberado para o público depois das 22h. Nesse espaço de tempo, muito empurra-empurra, gente passando mal, chorando, com falta de ar.
A falta de segurança na plataforma da estação, onde foi improvisado um lounge, era visível: não havia nenhum tipo de proteção e, com a confusão, faltou muito pouco para alguém cair no poço dos trilhos. O ator Erik Marmo, ao chegar ao local, não escondia a cara de decepção com a bagunça. Ele mesmo, para conseguir se posicionar em um local mais seguro, deu as mãos a outras pessoas e, de lado, foi se encaminhando para a entrada, mas teve que esperar.
O pior dessa aventura caótica era que ainda existia uma trilha sonora à base de guitarra, que parecia ter sido encomendada para enlouquecer o público, que reclamava, vaiava, e o som continuava lá. Uma tortura, que, aliás, lembrava muito a triste cena de judeus enfileirados sendo mandados aos campos nazistas de execução. Depois que o acesso foi liberado, foi preciso muito tempo para que as mais de 1.500 pessoas conseguissem se acomodar nas cadeiras, que a essa altura, claro, já tinham perdido qualquer numeração. De frente para um trem parado, o público começou a ver os modelos desfilando looks sem novidades. Sim, porque toda essa celeuma foi para mostrar uma coleção de jeans, camisetas e alguns acessórios. Porém, dificilmente os sobreviventes dessa tortura terão condições de analisar ou lembrar, exatamente, o que foi mostrado para a temporada outono/inverno 2008.

Deu a louca na Graça!


Enquanto o público se exprimia na tentativa de entrar no local do desfile da Ellus e aguardar o início da apresentação, Graça Borges, uma das coordenadoras do São Paulo Fashion Week, circulava no meio do povo aos gritos: “Só quem pode liberar a platéia sou eu e eu não vou liberar agora. Vão para o coquetel. Todos tomando champagne”. Indiferente ao sofrimento dos convidados da Ellus, a moça repetia a frase, como se fosse uma ordem, irritando quem lá estava. Alguns jornalistas, que conseguiram fazer o caminho de volta rumo às vans, deixaram o local.

Que sufoco


Mesmo depois de vencer a multidão, o ator Erik Marmo continuou sem lugar, mas não perdeu a calma.

Noiva de Samuel Cirnansch


O estilista fechou seu desfile, no domingo, com uma bela noiva, arrancando aplausos da platéia.

Festa estranha com gente esquisita


Eles não são convidados para nenhum desfile, não entram nos lounges badalados, não recebem brindes, muito menos sabem quem são os estilistas, mas estão lá. Aparecendo e chamando a atenção sempre!

Que figura!


Com um visual desses quem precisa se preocupar com as tendências da moda? Ninguém, principalmente Falcão. Ele esteve circulando pelos bastidores do São Paulo Fashion Week para algumas gravações e foi encontrado na entrada do desfile de Samuel Cirnansck. Ele comentou que não se liga em nomes de estilistas, não conhece ninguém, não precisa de quem crie seu estilo, mas curte ver os desfiles e se atualizar. “Eu sou o próprio estilo”, afirmou.

Fala aí Papito!


Quem diria que o roqueiro Supla fosse aparecer em um desfile de moda! Mas ele apareceu para conferir a apresentação da Neon. Todo animado, reclamou sobre o fato de as pessoas não baterem palmas no desfile para valorizar a trilha sonora. Além de se ligar na música, ao final do desfile, ele comentou que gostou muito das “mina”.

Programa de mulher


A cantora Vanessa Camargo deu uma pausa na agenda de shows e passou pelo São Paulo Fashion Week para conferir o desfile da marca Neon.

sábado, 19 de janeiro de 2008

Inovações para rapazes


“Homem brasileiro gosta de moda e o que faltava era oferta”. As palavras do estilista Fause Haten justificam suas novidades para a coleção outono/inverno 2008. Haten acaba de vender sua marca para o grupo econômico, a partir de agora, responsável pela gestão de outras marcas como Zoomp, Clube Chocolate, Herchcovitch e Herchcovitch; Alexandre na fusão chamada de Identidade Moda (I’M). Inspirado no México e na cantora Marlene Dietrich, ele mistura as cores fortes com referências militares na roupas para os garotos. Assim surgem calças vermelhas, amarelas, azul e rosa, além de tênis rosas e amarelos. Esses elementos são ousados em alguns momentos em looks totalmente esportivos e em outros com peças de alfaitaria. Também há adereços como afivelamentos na parte de trás das calças, que se abertos, soltam a modelagem da peça, assegurando o conforto para os meninos que ainda não estão acostumados com os modelos mais justinhos, colados no corpo.

Gil fala sobre interesse do governo pela moda


O ministro da Cultura Gilberto Gil esteve, ontem, no São Paulo Fashion Week, onde deu uma entrevista à imprensa para falar sobre a integração entre o setor da moda e as e instituições governamentais com o objetivo de potencializar os resultados econômicos do segmento. Além da atuação através das ações do Instituto da Moda (In –Mod) criado por Paulo Borges, essa parceria, segundo o ministro, vai prezar pela criação de leis de incentivos e políticas públicas voltados para a moda. “O São Paulo Fashion Week é uma manifestação da diversidade cultural. Isso mostra que a moda e uma inovação da economia brasileira”.

Coletivo feminino


Dividido em duas partes bem definidas: feminino e masculino, o desfile de Lorenzo Merlino não conseguiu agradar em cheio o público da São Paulo Fashion Week, na tarde do sábado. Os looks femininos, em cores bastante suaves como branco, cru e algumas peças em couro, empolgaram pouco. O trabalho explora o branco, patchwork com tecidos de estampas suaves, enchimento nos acabamentos do casaco, detalhes no pescoço e lenços. As calças aparecem mais folgadas e os vestidos, mais curtos.

Looks masculinos


Para os garotos, Merlino usa também calças mais justa e um modelo com elástico na cintura, que mais parece uma calça de pijama. Tem, ainda, os casacos mais compridos, parkas, padronagem xadrez e sobreposições de peças.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Claudia Raia lança linha de óculos




A atriz esteve, ontem, na sala de impresa do São Paulo Fashion para apresentar sua linha de óculos, que traz modelos de sol e grau, com muito estilo. Durante quase uma hora, a bela esteve no local para falar sobre a concepção do produto, que é muito bom, mas, com a presença da estrela, acabou ficando em segundo plano na atenção de todo mundo.

Gracinhas...




Na tentativa de chamar a atenção de Cláudia para um melhor ângulo para sua foto, um dos fotógrafos gritou no meio do batalhão armado com flashes: “Cláudia, olha aqui. O Edson está aqui”. No ato, a atriz retrucou: “Aí você está apelando!”.

Garotos da Trinton e o new college




Com o tema Back to School, a Triton mostrou uma das coleções mais bonitas e graciosas dessa atual do São Paulo Fashion Week. A criação de Karen Fuke é moderninha, apesar de remeter ao estilo new college, que não é lá grandes novidades. Valem muito o toque retrô e a usabilidade dos looks na linha street, com sobriedade, um certo colorido, roupinhas comportadas, mas sexy ao mesmo tempo e que lembram a rebeldia e o romantismo dos anos 50.

No aguardo do desfile da coleção masculina




Fause Haten, estilista

Look masculino


Fause Haten apresentará, neste sábado, sua coleção masculina para o outono/inverno 2008, no São Paulo Fashion Week. Aqui uma prévia do que estará na passarela. Por falar nisso, a marca integra agora o grupo Identidade Moda – I’M, responsável pela gestão também das marcas Zoomp, Clube Chocolate, Herchcovitch e Herchcovitch; Alexandre. O showroom provisório está funcionando na Rua Bela Cintra, na Zona Sul de São Paulo.

Totalmente doce


Sandálias Fause Haten em tons clarinhos, que agradam em cheio as mais discretas.

A opinião de...


Ana Paula Padrão. Ela também esteve nos desfiles e, claro, foi foco das atenções de outros jornalistas que queriam saber do que a moça mais gostou em cada desfile.

Nos bastidores da SPFW




Cíntia Benini, apresentadora

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Exposição Shoes


Vivienne Westwood é o que se pode chamar de uma verdadeira criadora. Contemporânea e de olho no futuro, está sempre em busca do novo, mas não o que está na “moda” propriamente dito. O novo que ela busca é o que causa a verdadeira mudança de comportamento e modos no jeito de calçar, vestir e ser. Por isso, sua produção é hoje tão procurada por gente que faz a diferença no mundo da moda.
Para mostrar um pouco mais sobre a trajetória da estilista, está aberta no segundo piso do prédio da Bienal, no Parque do Ibirapuera, onde acontece o São Paulo Fashion Week a exposição Shoes, na qual são exibidos mais de 140 pares de sapatos criados para as diversas coleções de Westwood. Lá é mostrado, inclusive, o modelo que derrubou a top Naomi Campbell em um desfile, o Mock-crol Super Elevator Court, criado para a temporada outono-inverno 1993 (foto).

Primeira-dama do design


A estilista inglesa Vivienne Westwood, famosa pelo design de seus sapatos, foi a figura mais badalada na São Paulo Fashion Week, ontem. Ela veio ao Brasil, após 16 anos de sua visita ao país, para o lançamento da parceria com a Melissa,que resultará na criação de três modelos, este ano. Um deles, inclusive, é a reedição do seu original Mary Jane, criado em 2000 para a coleção Summertine. A união da designer com a marca brasileira prevê, ainda, a produção de mais três modelos em 2009.

Objeto de desejo


Um dos modelos assinados por Vivienne Westwood, que será produzido pela Melissa.

Lounge Natura




Assinado pelo cenógrafo Gringo Cárdia, o lounge Natura, que ganhou revestimentos de rendas nas paredes, é o lugar da beleza do São Paulo Fashion Week, no prédio da Bienal. Equipes de maquiadores estão lá diariamente criando looks variados para os visitantes e brincando com a proposta da “beleza na diversidade”, uma derivação do tema “diversidade” que inspira a edição outono/inverno 2008.

Cores, texturas, cheiros


Pela primeira vez, a Natura apresenta em um mesmo espaço suas três linhas de maquiagem: Faces Natura, Natura Aquarela e Natura Diversa. Em cada uma delas há mais de 300 produtos entre batons, glosses, bases, pós, pincéis, sombras, palletes, dus e muito mais. Nessa edição do SPFW, a marca assina o make-up para os desfiles de Fábia Berseck, Lino Villaventura, Ronaldo Fraga e Osklen.

Instalação de Isabela Capeto


A estilista Isabelo Capeto inovou nessa edição do São Paulo Fashion Week. Ela decidiu trocar o desfile na passarela por uma instalação na sua loja na Rua da Consolação, zonal Sul paulista. Os looks, inspirados nas grandes metrópoles e seus caos, foram mostrados em modelos estáticas que giram para que as pessoas possam conhecer as peças por interior. “A idéia de fazer uma performance é para que as pessoas possam ver a roupa mais de perto e ver os detalhes”, explica a designer.